
Aos 58 anos, o ultramaratonista Henrique Lobo, morador de Taubaté (SP), foi selecionado para um feito inédito: será o primeiro atleta do Vale do Paraíba a participar da Badwater 135 Ultramarathon, considerada a prova mais difícil do planeta. A competição será realizada entre os dias 7 e 9 de julho de 2025, no deserto do Vale da Morte, na Califórnia (EUA), onde as temperaturas podem ultraar os 50°C.
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O percurso exige resistência extrema: são 217 quilômetros de corrida, saindo do Badwater Basin – ponto mais baixo dos Estados Unidos, a 85 metros abaixo do nível do mar – com chegada no Whitney Portal, a 2.530 metros de altitude. O desafio impõe não apenas limites físicos, mas também mentais, sendo um dos maiores testes de superação no universo das ultramaratonas.
Henrique encara a participação não apenas como uma conquista pessoal, mas como uma oportunidade de solidariedade. Ele idealizou o projeto “Do Deserto à Vida”, uma campanha social que busca transformar cada metro da prova em um gesto de apoio a quem mais precisa. A proposta é simples: cada metro percorrido pode ser “adotado” por R$1,00. A meta é arrecadar R$217 mil, que serão destinados à Associação Guadalupe, entidade de São José dos Campos (SP) que acolhe gestantes e crianças em situação de vulnerabilidade social.
As doações podem ser feitas pelo Instagram oficial do atleta (@henriqueloboultra), onde é possível ar o link direto para contribuir. Pessoas físicas e empresas de todo o Brasil estão sendo convidadas a participar da iniciativa, inclusive adotando trechos maiores da corrida como forma de apoio institucional.
“Correr a Badwater é a realização de um sonho, mas também um propósito maior. Quero que cada o no deserto seja um símbolo de esperança. Cada metro pode salvar uma vida”, afirma Henrique.
A história de superação do atleta é marcante. Há 11 anos, enfrentava a obesidade e começou sua transformação com simples caminhadas. Aos poucos, avançou para corridas curtas, maratonas, provas em trilha e, por fim, para o universo das ultramaratonas.
Seu currículo inclui provas de grande exigência, como a BR 135, uma das ultramaratonas mais difíceis do Brasil. Em 2023, completou os 217 km da prova em 47 horas, classificando-se entre os 35 primeiros colocados. No ano seguinte, enfrentou uma edição especial de 150 milhas (240 km), terminando em oitavo lugar no geral e sendo o quinto brasileiro melhor colocado.
A seleção para a Badwater é rigorosa e não se baseia apenas em resultados esportivos. O processo leva em conta a história de vida, o desempenho em provas extremas e o impacto social do atleta. Henrique aguardou por três anos até ser aprovado, o que valoriza ainda mais sua presença entre os competidores.
Como ajudar
A campanha “Do Deserto à Vida” já está em andamento. Qualquer pessoa pode contribuir com a doação simbólica de R$1 por metro. Empresas também podem colaborar com valores maiores. Para participar, basta ar o Instagram @henriqueloboultra e clicar no link da bio.