
Após uma discussão com o vizinho, por conta de rachadura em parede que separava os imóveis, Francisco Rodolfo Gomes Oricil, 59 anos, foi morto a tiros em São José dos Campos, na tarde de domingo (8). Ele foi atingido por pelo menos cinco disparos de arma de fogo na rua Caparaó, no Jardim Ismênia. O vizinho, William Vilar Garcia, de 47 anos, foi preso em flagrante pelo crime.
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O assassinato de Francisco reforça a estatística de crimes contra a vida em São José dos Campos, cidade em que 52% dos homicídios registrados em 2024 ocorreram por brigas e motivos fúteis, como no caso do morador morto no domingo.
De acordo com radiografia traçada pela 3ª Delegacia de Investigações sobre Homicídios de São José, dos 23 homicídios registrados no ano ado, 12 foram motivados por brigas entre conhecidos ou desconhecidos, o que dá 52% da totalidade.
O Anuário de Homicídios em São José classifica essa categoria como “conflito interpessoal 1”, quando o homicídio é resultado de conflito entre pessoas conhecidas ou desconhecidas, como discussões, brigas em geral, em diversos locais ou situações, como vizinhança, em bares, na rua, em estabelecimentos comerciais, no trânsito, entre outros.
Em segundo lugar aparece a violência contra a mulher. Os feminicídios provocaram cinco mortes em 2024 – 21,73% do total. Depois o “conflito interpessoal 2”, que foi responsável por dois crimes. Trata-se de problemas entre familiares, com a morte sendo resultado de brigas entre pais e filhos, irmãos, entre outros parentes, por diversos motivos.
O Anuário registra uma morte para três motivos diferentes em 2024: uma relacionada ao tráfico de drogas, outra por legítima defesa e um crime cuja motivação é indeterminada.
Armas.
A estatística da Polícia Civil mostra que 48% dos homicídios praticados em São José no ano ado ocorreram pelo uso de uma arma de fogo, utilizadas em 11 dos 23 homicídios.
Os instrumentos contundentes foram utilizados em quatro crimes (17,39%), depois as armas brancas e as agressões físicas em dois crimes cada (8,69%) e os demais com um registro apenas (4,34%): fio elétrico, fogo, queda de altura e indeterminado.
Do total de 23 homicídios, 13 aconteceram em via pública (56,52%) e sete em residência (30,43%), com dois casos em estabelecimentos comerciais (8,69%) e um indeterminado.
As vítimas foram preferencialmente homens (16 / 69,56%), com idade entre 25 e 39 anos – 35-39 anos (5 / 21,73%), 30-34 anos (4 / 17,39%) e 25-29 anos (4 / 17,39%) –, e brancos (17 / 74%). Quatro dos mortos eram pardos (17,39%).
O horário entre 18h e meia-noite foi o de maior incidência nos homicídios do ano ado em São José, com oito dos 23 crimes (34,78%), seguido do intervalo entre meia-noite e 8h, com seis mortes (26%).