CELEBRAÇÃO

Diocese de Franca celebra 54 anos de missão, fé e serviço ao povo

Por Pedro Dartibale | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Sampi/Franca
Divulgação/Diocese de Franca
Sé Catedral Nossa Senhora da Conceição, de Franca
Sé Catedral Nossa Senhora da Conceição, de Franca

A Diocese de Franca vive nesta quinta-feira um momento de profunda memória, gratidão e esperança. Neste dia 12 de junho, data que marca o aniversário de sua instalação canônica, a Igreja Católica local recorda com carinho e reverência a figura de Dom Diógenes Silva Matthes, falecido em 2016, celebrando também nesta última quarta-feira, 11, o aniversário de sua ordenação episcopal.

Dom Diógenes, que esteve à frente da Diocese por mais de três décadas, foi o primeiro bispo de Franca e permanece vivo na memória da comunidade diocesana não apenas por sua longa presença, mas pelo impacto duradouro de seu pastoreio.

O atual bispo de Franca, Dom Paulo Roberto Beloto, que chegou à diocese em 2013, compartilhou lembranças comoventes de sua convivência com Dom Diógenes, destacando sua acolhida calorosa e discreta, bem como a profunda espiritualidade que marcava sua vida e ministério.

Um legado de fé, coragem e organização

Ao assumir a Diocese de Franca, Dom Diógenes encontrou uma realidade desafiadora: poucos padres, recursos escassos e uma estrutura pastoral ainda em formação. Com determinação e coragem, lançou as bases de uma organização eclesial sólida, estimulando a criação de pastorais, fortalecendo os seminários, formando presbíteros e estruturando novas paróquias. Sua devoção a Nossa Senhora Aparecida, São José e aos santos alimentava sua missão, mesmo quando a saúde já não colaborava.

“Dom Diógenes tinha uma memória irável e o hábito de registrar tudo. Guardava cartas, datas, acontecimentos. Era um pastor com coração de pai e alma de cronista”, lembra Dom Paulo Beloto.

A última recordação pessoal entre os dois bispos ocorreu pouco antes do falecimento de Dom Diógenes, durante um almoço em família, repleto de emoção, uma despedida silenciosa, mas repleta de significado.

A Diocese hoje: frutos do ado e desafios do presente

Neste 12 de junho, a Diocese celebra 54 anos de existência. A efeméride é oportunidade para louvar a Deus pelos frutos cultivados desde os tempos fundacionais, frutos que trazem as digitais de pastores como Dom Diógenes, Dom Caetano Ferrari e Dom Pedro Luiz Stringhini.

Sob a coordenação atual de Dom Paulo Beloto, a Diocese continua a expandir sua ação evangelizadora por meio de diversos organismos e pastorais. São 45 paróquias, dezenas de capelas urbanas e rurais, seminários em várias etapas formativas, e uma ampla rede de conselhos e organismos que colaboram com o planejamento e a execução da missão da Igreja.

Destacam-se ainda movimentos e pastorais que tornam a fé viva e encarnada na realidade do povo: Encontro de Casais com Cristo, Caminho Neocatecumenal, Cursilhos, Renovação Carismática, Focolares, Hallel, Legião de Maria, Pastoral da Criança, Carcerária, da Sobriedade, Pastoral da Comunicação, e tantos outros.

A ação social também é um pilar forte, com destaque para a Cáritas Diocesana, coordenada pelos diáconos permanentes, e diversas iniciativas voltadas aos mais necessitados, idosos, dependentes químicos, famílias vulneráveis e comunidades periféricas.

Olhando para o futuro com esperança

No contexto do Ano Jubilar, a Diocese vive um tempo de esperança, como destaca Dom Paulo Beloto em sua mensagem pastoral. “Somos peregrinos da esperança. Celebrar o aniversário da diocese é ocasião para louvar a Deus e rezar, pedindo a luz do Espírito e a intercessão de nossa padroeira, a Imaculada Conceição, para nos guiar em nossas ações pastorais e nos fortalecer na fé, esperança e caridade.”

Mas os desafios continuam. A evangelização nas periferias urbanas, a formação de novos padres, a presença da Igreja na vida pública e no mundo da educação e saúde estão entre as prioridades. A cultura urbana, com sua complexidade e velocidade, exige uma Igreja em constante escuta e renovação missionária, diz o bispo.

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