NOVELA

Após 2 anos de atraso, Estação deve ser entregue em 2025

Por Hevertom Talles | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Hevertom Talles/GCN
Obras na antiga Estação Ferroviária Mogiana
Obras na antiga Estação Ferroviária Mogiana

A entrega da obra de revitalização da antiga Estação Ferroviária Mogiana, no bairro Estação, em Franca, foi adiada. Inicialmente prevista para outubro de 2023, a conclusão dos trabalhos deve acontecer apenas no segundo semestre deste ano, conforme informou a Prefeitura de Franca nesta terça-feira, 10.

Atualmente, estão em andamento os serviços de pintura externa do prédio, a conclusão da pavimentação do entorno, a instalação de louças e metais nos banheiros, além da instalação da rede de telefonia, dos sistemas de alarme e dos testes operacionais para obtenção do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).

A prefeitura justificou o atraso, principalmente, pela escassez de mão de obra da empresa contratada. Outro ponto é a complexidade da obra, que exige cuidados específicos por se tratar de um imóvel tombado. Inaugurado em 1887, o prédio foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) em 1977.

O valor inicial previsto para a revitalização era de R$ 2.962.851,47, mas, de acordo com a istração municipal, o orçamento ou por reajustes durante a execução. O valor total atualizado ainda não foi informado.

O projeto de revitalização ainda prevê a implantação de um centro cultural, um mercado popular e a integração com a praça Sabino Loureiro, situada próxima à Estação Mogiana.

Moradora do Parque Vicente Leporace, Dinair Aparecida, de 71 anos, a com frequência pela região da antiga Estação Ferroviária e acompanha de perto o andamento das obras de revitalização. Com expectativa de ver o espaço reformado ainda este ano, ela critica o atraso. "Com certeza, isso já deveria estar pronto, mas até hoje, nada. Quem sabe este ano saia", comenta.

Ao longo de sua história, o prédio da Mogiana já abrigou repartições públicas, como o Cartório Eleitoral, a unidade do programa a SP, uma biblioteca pública, o DRA (Departamento Regional de Agricultura) e a Vigilância Sanitária.

Com memória afetiva ligada ao local, Dinair relembra quando a estação abrigava determinados serviços. “Eu fiz meu título de eleitor aqui. Sempre pegava ônibus para São Paulo; era o (ônibus da empresa) Cometa que saía daqui. Depois, virou ponto de moradores de rua, e ninguém mais ava por aqui.”

Antes do início das obras, o edifício estava abandonado, com suas marquises usadas como abrigo por pessoas em situação de rua.

Para Dinair, o prédio tem grande importância histórica e simbólica para a cidade. “É um patrimônio que precisa ser preservado; fica bonito até para quem chega de fora. Mas, infelizmente, o prefeito demorou; está fora do cronograma inicial”, finalizou.

Comentários

1 Comentários

  • Fábio 2 dias atrás
    Façam o custo dessa reforma valer o sacrifício da sociedade que pagou o custo e devolvam com algum benefício, ponham médicos atentendendo lá, serviços públicos, alguma realmente útil.