
A entrega da obra de revitalização da antiga Estação Ferroviária Mogiana, no bairro Estação, em Franca, foi adiada. Inicialmente prevista para outubro de 2023, a conclusão dos trabalhos deve acontecer apenas no segundo semestre deste ano, conforme informou a Prefeitura de Franca nesta terça-feira, 10.
Atualmente, estão em andamento os serviços de pintura externa do prédio, a conclusão da pavimentação do entorno, a instalação de louças e metais nos banheiros, além da instalação da rede de telefonia, dos sistemas de alarme e dos testes operacionais para obtenção do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).
A prefeitura justificou o atraso, principalmente, pela escassez de mão de obra da empresa contratada. Outro ponto é a complexidade da obra, que exige cuidados específicos por se tratar de um imóvel tombado. Inaugurado em 1887, o prédio foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) em 1977.
O valor inicial previsto para a revitalização era de R$ 2.962.851,47, mas, de acordo com a istração municipal, o orçamento ou por reajustes durante a execução. O valor total atualizado ainda não foi informado.
O projeto de revitalização ainda prevê a implantação de um centro cultural, um mercado popular e a integração com a praça Sabino Loureiro, situada próxima à Estação Mogiana.
Moradora do Parque Vicente Leporace, Dinair Aparecida, de 71 anos, a com frequência pela região da antiga Estação Ferroviária e acompanha de perto o andamento das obras de revitalização. Com expectativa de ver o espaço reformado ainda este ano, ela critica o atraso. "Com certeza, isso já deveria estar pronto, mas até hoje, nada. Quem sabe este ano saia", comenta.
Ao longo de sua história, o prédio da Mogiana já abrigou repartições públicas, como o Cartório Eleitoral, a unidade do programa a SP, uma biblioteca pública, o DRA (Departamento Regional de Agricultura) e a Vigilância Sanitária.
Com memória afetiva ligada ao local, Dinair relembra quando a estação abrigava determinados serviços. “Eu fiz meu título de eleitor aqui. Sempre pegava ônibus para São Paulo; era o (ônibus da empresa) Cometa que saía daqui. Depois, virou ponto de moradores de rua, e ninguém mais ava por aqui.”
Antes do início das obras, o edifício estava abandonado, com suas marquises usadas como abrigo por pessoas em situação de rua.
Para Dinair, o prédio tem grande importância histórica e simbólica para a cidade. “É um patrimônio que precisa ser preservado; fica bonito até para quem chega de fora. Mas, infelizmente, o prefeito demorou; está fora do cronograma inicial”, finalizou.
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Fábio 2 dias atrásFaçam o custo dessa reforma valer o sacrifício da sociedade que pagou o custo e devolvam com algum benefício, ponham médicos atentendendo lá, serviços públicos, alguma realmente útil.