CORPO NO AUTÓDROMO

Pistas, nenhuma resposta: PC tenta elucidar morte de empresário

Por Paulo Eduardo Dias | da Folhapress
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/Facebook
Os investigadores aguardam o laudo sobre a causa da morte de Adalberto Amarílio dos Santos Junior.
Os investigadores aguardam o laudo sobre a causa da morte de Adalberto Amarílio dos Santos Junior.

A Polícia Civil tenta desvendar através de exames periciais como ocorreu a morte do empresário Adalberto Amarílio dos Santos Junior, 35, encontrado há uma semana dentro de um buraco no autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.

Leia mais: Corpo de empresário que estava sumido é encontrado em autódromo

Os investigadores aguardam laudos sobre o sangue encontrado no carro de Junior, que estava abandonado em um estacionamento próximo ao local do crime. Essa é a principal aposta até aqui para tentar desvendar o caso, que até o momento tem poucas respostas.

A família de Junior notou o seu sumiço na noite de 30 de maio. Ele havia ido naquela tarde com um amigo, Rafael Albertino Alieste, 42, para um evento de motocicletas em Interlagos. O corpo só foi localizado na terça-feira (3) sem calça e sem sapatos e com um capacete na cabeça. Junior também estava com o celular, que a por perícia.

Um outro ponto ainda sem explicação é onde foi parar a câmera que deveria estar acoplada no capacete.

Familiares, o amigo e funcionários do autódromo já foram ouvidos pela polícia. A tentativa de descobrir o que aconteceu une investigadores do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) e peritos do Instituto de Criminalística.

Até aqui os policiais não descartam nenhuma possibilidade sobre o que pode ter ocorrido, desde assassinato a um possível acidente, tese considerada menos provável.

Uma primeira análise dos peritos não achou marcas, fraturas ou lesões no corpo de Junior. Já uma perícia no carro dele apontou a presença de manchas de sangue.

Foram coletadas amostras do material biológico, que am por testes no Núcleo de Biologia e Bioquímica do Instituto de Criminalística. O objetivo é saber se o sangue é da vítima ou de outra pessoa.

Os investigadores também aguardam o laudo sobre a causa da morte e perícias do local do crime e do veículo.

Familiares da vítima, porém, teriam entrado no carro antes da polícia localizá-lo, o que pode atrapalhar a análise.

A esposa de Junior, a farmacêutica Fernanda Dandalo, 34, prestou depoimento no dia 2, antes do corpo ser achado.

Ela disse aos policiais que no dia 31 de maio foi até a região de Interlagos para tentar encontrá-lo e acabou achando o veículo. Pediu então para que uma prima e seu marido buscassem a chave reserva do automóvel na residência do casal. Depois, os três olharam o carro e não viram nada de anormal, apenas uma blusa de Junior no banco do ageiro.

Ela ainda contou que, preocupada com o sumiço do marido, chegou a tentar refazer os os dele por algumas vias da região. A mulher disse também que foi com os pais de Junior até o autódromo ainda na madrugada do dia 31, mas que um segurança negou que houvesse algum carro estacionado ali. Ao voltarem pela manhã, eles encontraram o veículo.

Conforme a mulher, não houve movimentação financeira atípica nas contas do marido. Ela e Junior estavam juntos há oito anos e não tinham filhos. Ela disse também que ele possuía um patrimônio milionário e era dono de três óticas.

A mulher disse aos policiais ainda que perguntou para Rafael sobre o paradeiro de Junior ainda na noite do dia 30. O amigo, porém, teria afirmado que ele foi embora do evento e que ela devia ficar tranquila, pois Junior tinha consumido quatro cervejas apenas e não estava alterado.

Em depoimento na mesma data, Rafael relatou aos policiais que ele e Junior beberam e fumaram maconha durante o evento em Interlagos.

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