A Coluna Animal dessa semana vai trazer as precauções que os tutores de pets devem ter para protege-los nessa época do ano, em que temos pouca umidade do ar, menos incidência solar, muito vento e baixas temperaturas. A médica veterinária Rosana Pandolfi da Silva a uma serie de dicas de como protege- los em vários aspectos tais como:
Aquecimento: É fundamental garantir que os pets tenham um lugar confortável e protegido do frio para descansar. Escolha um local longe de correntes de vento e da friagem do chão, use uma caminha macia e, se possível, adicione um cobertor para deixá-lo ainda mais aquecido, Jornais ou mantas também ajudam a isolar o frio e manter o pet mais quentinho. Evite que eles durmam em áreas externas ou úmidas — o ideal é sempre um ambiente seco, coberto e protegido. Em dias mais frios, considere usar roupinhas (em cães que aceitam bem e de pelagem mais curta).
Mantenha a hidratação em dia: Mesmo com o clima mais ameno, a hidratação mantém as vias respiratórias úmidas, o que ajuda a prevenir infecções respiratórias comuns no outono. A água também auxilia no funcionamento dos rins e evita problemas urinários, que podem se agravar com a baixa ingestão. Uma dica é trocar a água com frequência para que ela não fique gelada demais, o que pode desanimar o pet de beber.
Alimentação: Com o frio o metabolismo de alguns animais pode acelerar, para manter a temperatura corporal, podendo levar a um aumento no apetite e com isso alguns animais, podem precisar de um leve aumento nas calorias. Continue oferecendo ração balanceada e adequada à idade e porte do animal. Se o pet come ração seca, pode ser interessante misturar com um pouco de alimento úmido (como patês), é mais palatável e ajuda na hidratação, claro que sempre com orientação veterinária para evitar o ganho de peso excessivo.
Específico para gatos: Gatos já têm o hábito de beber pouca água. No outono, isso piora. Invista em ração úmida, fontes de água e uma alimentação rica em proteínas de qualidade. Gatos mais velhos ou com problemas urinários/renais merecem atenção redobrada.
Em relação ao banho: evite água fria. Use água morna, mesmo para dias não tão gelados. Seque muito bem com toalha e finalize com secador em temperatura morna, mantendo uma distância segura da pele.
Banhos a seco ou lenços umedecidos para pets: São ótimas alternativas entre os banhos completos. Evite dar banho em filhotes ou pets idosos em dias muito frios, pois eles são mais sensíveis à temperatura. Se necessário, prefira banhos em pet shops especializados, com estrutura aquecida. - Canina é especialmente indicada nessa época - Cuidados com os olhos dos pets no outono: O tempo seco, aumento de ventos e poeira pode ressecar os olhos, causar irritação, vermelhidão ou secreção, Alergias sazonais também são mais comuns nessa época e podem afetar os olhos. A higiene diária é melhor cuidado.
eios: Evite ear cedo demais (antes das 8h) ou à noite (após as 17h), quando o ar está mais frio e úmido. Esses horários aumentam o risco de problemas respiratórios, principalmente em filhotes, idosos e raças sensíveis ao frio, como braquicefálicos (pets de focinhos curtos). - Cuidados especiais aos filhotes e idosos (principalmente se tiver doenças crônicas) filhotes e pets idosos são os que mais sofrem com o frio, especialmente no outono e inverno, e por isso merecem cuidados redobrados.
Filhotes: são frágeis e ainda em desenvolvimento. Ainda estão com o sistema imunológico em formação, estão em desenvolvimento e não têm o sistema de regulação térmica totalmente maduro, têm menos gordura corporal, que ajuda a manter o calor, a pelagem ainda pode estar em formação, sendo mais fina e menos eficiente para proteger do frio. Frio intenso pode causar hipotermia, pneumonia e dificultar o crescimento saudável.
Pets idosos: imunidade mais baixa e doenças crônicas com idade cães e gatos sentem mais frio pois possuem o metabolismo mais lento, e produzem menos calor corporal, por causa da perda de massa muscular e gordura corporal. Podem apresentar doenças crônicas, como artrite, problemas respiratórios e cardíacos que pioram com o frio. A circulação sanguínea já não é tão eficiente, o que dificulta manter o corpo aquecido.
A medica veterinária ainda orienta o que pode ser feito quando você avistar um pet na rua nessa época de frio, não vire as costas, um pequeno gesto seu pode significar vida e esperança para quem não tem ninguém. Eles também sentem frio, fome e medo. Um abrigo improvisado, um potinho de comida ou água. Qualquer ajuda importa. Abrigo contra o frio e vento caixas de papelão, caixotes de madeira ou casinhas simples com cobertores ou jornais já fazem grande diferença. Posicione em locais secos e protegidos do vento e da chuva (baixo de marquises, garagens abertas ou vielas cobertas). Ofereça alimento e água morna Com o frio, os animais de rua gastam mais energia para manter a temperatura corporal. Ofereça ração ou comida própria para pets (arroz, frango desfiado sem tempero) e água limpa, de preferência levemente aquecida para não gelar rápido. Doe roupinhas e cobertores usados ou novos que podem ser reutilizadas para manter esses pets aquecidos. Você pode deixar esses itens em abrigos improvisados ou pontos que os animais frequentam. Se possível, acolha temporariamente durante o frio intenso, oferecer um lar temporário mesmo que por algumas noites pode salvar uma vida. Divulgue e incentive a adoção. Tire fotos e compartilhe pets que precisam de abrigo. Às vezes, a visibilidade é o que falta para um pet ser adotado.